Lava-Jornalismo
"Os jornalistas que passaram a integrar o “pool” com acesso privilegiado aos bastidores da operação sempre souberam que Moro era o chefe de fato da operação. Na medida em que operação foi ganhando os aplausos da população, regras elementares do jornalismo foram sendo deixadas de lado.
Coube ao empresário e corruptor Emílio Odebrecht, o puxão de orelhas que doeu e constrangeu as redações: “Tudo o que está acontecendo é um negócio institucionalizado. A imprensa toda sabia que efetivamente o que acontecia era isso. Por que agora estão fazendo isso? Por que não fizeram há dez, 20 anos atrás? Essa imprensa sabia disso tudo e fica agora com essa demagogia”.
Do repórter ao diretor de jornalismo, todos sempre sabiam que os desvios eram antigos e que a força-tarefa estava atropelando propositalmente os protocolos de investigação.
O método Moro consistia em expandir os limites da lei, utilizar-se da imprensa, vazando intensamente documentos para atrair a simpatia da opinião pública, prender os alvos para pressioná-los e acelerar condenações, indeferindo de cambulhada os recursos da defesa."
mais na íntegra da nota da Agência Pública
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