Após censura e chibatadas, artistas sauditas torcem por era de abertura

"O governo do reino ultraconservador na Arábia Saudita vem se tornando um incansável patrono das artes, financiando concertos de artistas ocidentais e promovendo festivais de quadrinhos e feiras de livros. Os cinemas, banidos por décadas, deverão abrir em breve. A mudança faz parte da iniciativa do príncipe herdeiro de 32 anos, Mohammed bin Salman, para aliviar algumas restrições sociais. E a enxurrada de anúncios oficiais entusiasmou uma geração de jovens sauditas, para quem uma noite de música ou de filmes geralmente exigia uma viagem ao exterior.
Mas os planos também geraram preocupações sobre o tipo de cena cultural que emergirá num lugar governado de acordo com um austero credo religioso, onde o benfeitor é uma monarquia absolutista com uma visão sombria sobre expressão irrestrita. Levantam-se questões sobre o papel de artistas independentes que trabalhavam no reino há anos, navegando entre obstáculos burocráticos e limites sociais rígidos para conquistar o reconhecimento internacional da arte saudita."
LEIA REPORTAGEM DE KAREEM FAHID
