Temer não tem condições de conduzir reformas nem “reformas”, por Janio de Freitas
"No plano da intenção desumana, mesmo a
mais simplória das medidas propostas representa o conjunto numeroso. É
a redução do tempo vago a título de almoço, de uma para meia hora.
Ninguém leva uma hora comendo. O desatino dos proponentes da redução
desconhece que a hora é também para descanso, ao fim de quatro horas de
trabalho e antes de mais quatro. Não é preciso lembrar do trabalho
operário: as quatro horas de pé dos vendedores de lojas fala de uma
exaustão que centenas de deputados e senadores jamais sentiram. E se o
expediente total não se altera, seja o das atuais oito horas ou das doze
propostas, retirar meia hora de descanso não muda o tempo de atividade
laboral. A redução do alegado almoço é só uma manifestação a mais da
nostalgia escravocrata.
O projeto governamental de “reforma” da
Previdência, por sua vez, estava tão carregado de arbitrariedades e
desprezo por seres humanos, no original do ministro da Fazenda, que foi
estraçalhado por cortes – sem, no entanto, tornar-se inteligente e
com alguma sensatez."
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