Na cola dos repressores argentinos

"Ele integrou uma das guerrilhas mais atuantes durante a última ditadura argentina (1976-1983) e tem em sua família casos que representam as principais violações dos direitos humanos cometidas pelos militares: mãe vítima da Operação Condor (plano de ação conjunta entre os governos militares do Cone Sul), irmã desaparecida e sobrinho roubado ao nascer. A destruição ao seu redor é grande, mas ele garante que jamais, apesar do treinamento realizado nos anos em que integrou os Montoneros (braço armado da esquerda peronista), pensou em fazer justiça com as próprias mãos. Sua arma, garantiu ao GLOBO o fotógrafo Gustavo Molfino, é uma câmera, com a qual já conseguiu que um ex-militar acusado de crimes de lesa-Humanidade na província de Tucumán perdesse o benefício da prisão domiciliar. Hoje Gustavo tem outro ex-repressor na mira e está muito perto de reunir o material necessário para denunciá-lo por ter excedido os limites impostos pela Justiça. Estima-se que atualmente cerca de 518 ex-militares estão presos em suas casas, e a missão de Gustavo, junto com outros colegas, é garantir que cumpram as regras estabelecidas pelos tribunais."
leia reportagem de Janaina Figueiredo
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