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    segunda-feira, abril 24, 2017

    A reforma da Previdência ameaça as economias locais


     Fonte: IBGE, Tesouro Nacional e MPS. Elaboração: Compara Brasil


    "Embora os atos em resistência à reforma tenham se concentrado nas capitais, o impacto das mudanças propostas pelo governo promete ser ainda maior para os pequenos municípios. Segundo dados levantados pelo site Compara Brasil a pedido de CartaCapital, em quase um terço das cidades brasileiras, o pagamento de aposentadorias, pensões e outros amparos assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada, superam a receita corrente das prefeituras.

    "A Previdência Social é responsável pelo sustento de milhões de famílias brasileiras – sobretudo nas pequenas cidades e nas áreas rurais. Ou seja, mesmo não sendo considerado um programa de ‘combate à pobreza’, os recursos da Previdência têm cumprido um papel importante na composição da renda familiar", escreveu Álvaro Sólon França, coordenador do estudo da Anfip e ex-secretário executivo do Ministério da Previdência.

    Evidentemente, esses recursos influenciam no consumo e contribuem para movimentar o comércio. "Ousamos afirmar que se não fossem os benefícios pagos mensalmente a aposentados e a pensionistas, principalmente no meio rural dos pequenos municípios, já teria se instalado situação de calamidade na maioria das cidades brasileiras".

    Não é tudo. Para cada real investido na Previdência, 65 centavos retornavam à economia pelo consumo das famílias e pouco mais de 50 centavos era incorporado ao PIB. No caso do BPC, que contempla sobretudo os idosos mais pobres, o efeito multiplicador era maior. Para cada real transferido, agregava-se 1,19 real ao PIB nacional


    mais na reportagem de Rodrigo Martins e Miguel Martins 

    A reforma da Previdência ameaça as economias locais

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