Ainda desigual
"O maior desafio do país é a desigualdade social, é preciso lembrar sempre! Políticas para sua superação não podem ser apenas um plus, uma benevolência, de quando estamos em momentos de “bonança” na economia. Suas causas são as já exaustivamente debatidas falta de acesso a oportunidades iguais para todos, mas, sobretudo, a concentração de renda. O racismo estruturado dentro do Estado e nas representações na vida pública é instrumento da manutenção dessas desigualdades. A corrupção é uma das práticas de relação com o Estado que também mantêm círculos de poder para poucos. É comum escutarmos que só o acesso à educação de qualidade pode diminuir a longo prazo essas desigualdades e suas formas de manutenção. Mas a diminuição da desigualdade não pode ser um projeto apenas de futuro. Ela é uma dimensão de nosso tempo presente. As políticas sociais, reparadoras e emancipatórias, comprovaram-se eficazes caminhos nos últimos anos. Formaram esse novo tecido social de indivíduos que possuem a clareza da necessidade dessas políticas. Fico me perguntando por que políticos de oposição não assumem com clareza a defesa das políticas sociais e se debruçam em propostas de seu desenvolvimento, corrigindo distorções e racionalizando o meio de campo para que essas consigam chegar a mais pessoas. Ao apenas dizer, laconicamente, que são a favor da continuidade sem que isso se traduza em gestos de compromisso fazem parecer que os discursos contra Lula e o PT estão ligados mais ao sucesso de suas políticas de ascensão dos mais pobres do que exatamente por possíveis envolvimentos em esquemas de corrupção."
leia coluna de Marcus Faustini>>