Nova campanha atribui proibição de drogas à desinformação
"O que vimos, em todos os grupos, foi uma população bastante conservadora, mas que, ao mesmo tempo, admitia estar mal informada. Mesmo pessoas da área médica, como psicólogos, psiquiatras e médicos, ou operadores do sistema judiciário assumiram desconhecer questões ali colocadas.
Algumas delas, explica, eram informações sobre casos considerados bem-sucedidos, como o de Portugal, onde o consumo de drogas foi descriminalizado em 2001. Outras estavam relacionadas ao que Julita chama de “paradigmas proibicionistas”, como a afirmação de que a maconha é a porta de entrada para todas as drogas e a ideia de que a legalização pode levar a um aumento de consumo.
— Mostramos que, em Portugal, as taxas de consumo caíram depois da descriminalização, principalmente entre os jovens. As pessoas se surpreendiam quando colocávamos essas informações — conta a coordenadora do CESeC. — Julgamos que, se as pessoas tiverem as informações adequadas, vão se perguntar duas vezes: “Afinal de contas, o que estamos ganhando com essa guerra às drogas?”
— Além de crime e morte, a guerra às drogas gera um dinheiro extraordinário, que não passa pela menor fiscalização e enriquece muita gente. O meu desenho procura insinuar a conexão entre comércio e a demagogia proibicionista do tema — acrescenta Laerte, criador de cartum em que uma caixa registradora faz as vezes de palanque para uma autoridade."
leia mais na reportagem de Dandara Tinoco >

posted by Ricky at 16:17
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