Inês Etienne Romeu: Uma mulher contra a ditadura
" Presa em 1971, Inês ficou na casa por 96 dias. Oito anos depois, entregou um relatório à OAB em que revelou a existência do local, apontou os codinomes usados pelos torturadores e narrou os suplícios que viveu.
"Fui várias vezes espancada e levava choques elétricos na cabeça, nos pés, nas mãos e nos seios", contou. "Um dos mais brutais torturadores arrastou-me pelo chão, segurando pelos cabelos. Depois tentou estrangular-me e só me largou quando perdi os sentidos. Esbofetearam-me e me deram pancadas na cabeça".
"Fui estuprada duas vezes por Camarão [codinome de um militar] e era obrigada a limpar a cozinha completamente nua, ouvindo gracejos e obscenidades os mais grosseiros".
Abalada pelas sessões de tortura, Inês tentou se matar quatro vezes. Sobreviveu. !
leia o artigo de Bernardo Mello Franco >
Uma mulher contra a ditadura - 28/04/2015 - Opinião - Folha de S.Paulo