This site will look much better in a browser that supports web standards, but it is accessible to any browser or Internet device.



blog0news


  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

    Powered by Blogger

    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sexta-feira, março 27, 2015

    Swiisleaks: Pressa e desvario


    De Alberto Dines:

      Na verdade estamos assistindo a uma encenação jornalística absurda, desatinada, claramente cínica, hipócrita, ardilosa. O SwissLeaks brasileiro beira a indecência. A lista publicada na segunda-feira (23/3) pelo Globo e pelo blog do UOL com celebridades do show-business misturadas a figuras emblemáticas de nossa cultura desmoraliza o jornalismo investigativo e o jornalismo como atividade com fé pública. Ambos estão na sarjeta.

    Tom Jobim morreu há 10 anos, sua conta no HSBC está zerada. Jorge Amado e Zélia Gattai estão mortos há 14 e 7 anos, respectivamente. A conta dos falecidos e de seus herdeiros foi fechada em 2003, há 12 anos. Qual a intenção de enfiá-los no escândalo? Exibir imparcialidade, coragem, estoicismo?

    Na entrevista da jornalista argentina Marina Walker Guevara, diretora-adjunta do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, publicada pelo Globo (domingo, 22/3, pág. 12), ela declara:

    “Não interessa revelar a conta secreta de pessoas comuns, que são irrelevantes e não influenciam no destino do país nem na opinião. (...) O trabalho do repórter é justamente pegar essa base de dados [a lista dos correntistas] e aplicar sobre ela critérios de interesse público, avaliando que pessoas devem entrar em reportagens e que pessoas não precisam ser expostas” (ver íntegra aqui).

    Antes, em 4 de março, a Folha de S.Paulo publicou um texto da mesma diretora da mesma entidade em termos ainda mais claros: “Fomos questionados por não publicarmos as listas completas. Mas somos jornalistas investigativos, não vazadores de dados, ou ativistas, ou um órgão governamental” (ver “Jornalismo e interesse público). Estaria querendo dizer que um eventual ilícito fiscal só interessa quando configura um ilícito legal? Neste caso, está desaprovando o trabalho dos seus parceiros brasileiros.


    A mensagem de Marina Walker Guevara, da direção do ICIJ (na sigla em inglês), defende expressamente um “jornalismo lento”, exercido com responsabilidade e precisão, a serviço do interesse público, voltado para intervir em “esquemas sistêmicos”. A técnica da lama no ventilador adotada até agora aponta na direção oposta – pelo primarismo, pressa e desvario, escancara fundadas suspeitas. 

    0 Comentários:

    Postar um comentário

    Assinar Postar comentários [Atom]

    << Home


    e o blog0news continua…
    visite a lista de arquivos na coluna da esquerda
    para passear pelos posts passados


    Mas uso mesmo é o

    ESTATÍSTICAS SITEMETER