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    quinta-feira, março 26, 2015

    CCR ameaça entregar concessão da Barcas, pela qual pagou R$ 72 milhões - Negócios - Brasil Econômico


    Especialista em Mobilidade Urbana da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Alexandre Rojas é taxativo e alerta que não existe caridade por parte dos investidores. Enfático, ele sinaliza que o Tribunal de Contas tem que entrar nesta história e explicar porque a CCR assumiu a concessão sabendo que ela dava prejuízo.“Este modelo de privatização não é apropriado. É claro que isso não ia dar certo. Agora o governo está com uma bomba de retardo na mão. Não estou falando só das barcas, não. A crise inclui o sistema de trens e vai chegar ao metrô. Agora, isso tem que ser investigado. Não foi só falta de planejamento”, disse o professor.  

    A chegada em dezembro da barca Pão de Açúcar — primeira das nove novas embarcações que irão reforçar e renovar a frota em 2015 — é um exemplo da falta de planejamento e diálogo entre a concessionária e o governo estadual. No negócio da China, as nove embarcações custaram aos cofres públicos investimentos da ordem de R$ 300 milhões. Os novos modelos têm ar-condicionado, bicicletário, janelas panorâmicas, 100% de acessibilidade, dois andares — com possibilidade de embarque e desembarque simultâneos —, além de possuírem dupla proa, o que elimina a necessidade de manobras para atracação. Com a Pão de Açúcar, o tempo de travessia diminui de 18 para 10 minutos. Porém, ela só entrou em operação em 11 de março, quase três meses depois. A explicação? Não tinha plataforma adequada, a tripulação não havia sido treinada e faltava documentação.


    E esses não foram os únicos problemas. O governo estadual esqueceu de combinar com o estaleiro sobre a manutenção das novas barcas: muito maior do que as antigas, elas não entram no espaço da concessionária em Niterói.
    leiA mais na reportagem de DANIEL PEREIRA
    CCR ameaça entregar concessão da Barcas, pela qual pagou R$ 72 milhões - Negócios - Brasil Econômico

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