Games abordam eras reais, despertando interesse, mas muitas vezes distorcem os fatos

" Imagine que em vez de apenas ler sobre a Revolução Francesa, o leitor possa simplesmente caminhar pelas ruas da Paris de 1789, testemunhando toda a agitação do período e interagindo com ícones como o revolucionário Maximilien de Robespierre. Ou ainda, caso tenha curiosidade sobre a Guerra Fria, possa reviver eventos como a invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, ou conflitos como a Guerra do Vietnã.
No ano passado, por exemplo, “Assassin’s Creed: Unity” causou polêmica na França e foi criticado por partidos políticos de esquerda por mostrar uma controvérsia representação de Robespierre, tido por muitos como um dos heróis da Revolução Francesa: no jogo, o político francês ocupa o papel de um sanguinário vilão. Já em “Call of Duty: Black Ops”, liberdades criativas foram tomadas a respeito do assassinato do presidente americano John F. Kennedy, em 1963, durante a Guerra Fria, relacionando o fato a personagens fictícios do jogo.
— É válido lembrar que muitas vezes os próprios livros didáticos mostram visões da História que se confrontam. Isso acontece entre os próprios historiadores. Então, é natural que os jogos, como produtos de entretenimento, também tomem as suas liberdades criativas — afirma ele. — O que é importante ter em mente é que nenhum elemento, sozinho, é o único capaz de ensinar História, pois não há gabarito para ela"
leia a matéria de Thiago Jansen >
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