"os EUA conseguem superar o narcisismo do 11 de setembro?"

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para além do luto dos amigos e das famílias das vítimas imediatas, havia um elemento de narcisismo nesse pesar nacional que se revelaria na política e que permanece visível no tom de muitas das retrospectivas de hoje. O problema, para alguns, não era que uma tragédia havia acontecido, mas que ela pudesse ter acontecido na América e aos americanos. A capacidade de empatia com os outros que sofreram tragédias semelhantes e o desejo de evitar mais sofrimento se mostraram esquivos quando confrontados com a necessidade de vingar os ataques. Era como se os americanos fossem únicos em sua capacidade de sentir dor e as mortes dos civis das outras nações valessem meno

Em 2004, um assessor de Bush (que se acredita ser Karl Rove) repreendeu uma jornalista do New York Times por trabalhar na "comunidade baseada na realidade", ou seja, pessoas que "acreditam que as soluções emergem de seu estudo cuidadoso da realidade visível ... Já não é desse jeito que o mundo realmente funciona. Agora nós somos um império e, quando agimos, criamos nossa própria realidade E enquanto você está estudando essa realidade -.. cuidadosamente, como você quer - nós vamos agir novamente, criando outras novas realidades, que aí você poderá estudar também, e é assim que as coisas se resolvem. Nós somos os atores da história ... e vocês, todos vocês, terão que ficar estudando o que fazemos ". Mas o mundo nunca funcionou desse jeito. E nos últimos 10 anos, a realidade alcançou a retórica. Read more at www.revistaforum.com.br

 

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