Enfrentamento: desmandos a mando
Observações sobre a comoção & gritaria suscitadas por policiais matarem uma criança na Tijuca, enchendo um carro de bala sem pararem pra pensar quem estava dentro
1. essa história de dizer que os soldados eram “despreparados”
(ou para alivar o lado deles ou como crítica à formação policial atual)
eu escreveria que, ao contrário, eles estavam “preparados”. A preparação de policiais, a formação que recebem, a informação que lhe passam, é essa de sair atirando mesmo, passar o rodo. É o comando que comanda política do enfrentamento. (ir)Responsáveis também são os comandantes.
2. agita-se muito agora na imprensa e entre cidadãos indignados sobre ações recentes de agentes da “lei” que assassinam inocentes, inclusive crianças
como se a violencia estivesse espiralando e as polícias girando fora de controle
(o que realmente está e estão)
mas há muito muito tempo policiais e soldados entram-sobem-chegam atirando – e matando gente que nada tem a ver com seus possíveis alvos, inclusive crianças.
a notoriedade adquirida pelos absurdos chocantes recentes vem porque acertam pessoas mais de classe média. execuções & assassinatos em favelas ou bairros de periferia são comuns.
polícia mata. à toa.
a política de enfrentamento de cabral & beltrame & quem mais mais aproveita para dar vazão às suas sanhas apenas (e que apenas, hein) exacerba uma visão existente.
3. a turba que ululava de prazer com capitão nascimento e sua tropa de elite agora quer se chocar com os desmandos, é?
não sao duas faces, é a mesma moeda, a coisa tem seu preço.
vão agora gritar Caveira lá no enterro do menino João Roberto!!
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