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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    quarta-feira, dezembro 05, 2007

    Tão metendo o dedo na digital

    Essa implantação da TV digital no Brasil é um engodo.

    Estreou-se a TV digital no Brasil da mesma forma que estrearam a Tv Brasil do governo:
    sem programação, sem conteudo, sem planejamento, enfim, sem estar pronta.

    O otário, quer dizer, o consumidor, vai gastar uma pura grana para comprar um conversor
    que vinha sendo anunciado\alardeado como custando 200 reais
    para descobrir que depois terá que comprar ainda um outro conversor
    para ter realmente a transmissao digital interativa
    e nao esse arremedo que se lança agora.

    Agora são imagens em alta definição.
    A digitalidade (com as possibilidades interativas e outras) somente depois, nao se se sabe quando, pois enfiaram a exigencia de um software brasileiro no meio,como interface, uma ginga pros bolsos dançarem.

    E introduziram chaves nacionais nos conversores japoneses, ou seja, nao dá pra fazer como agora se vira, importando de fora pra escapar dos carteis locais. (Aliás, escolheram o modelo japones pra agradar à Globo e outras emissoras e agora tão com o abacaxi do alto custo nas maos.)

    As empresas fabricantes de produtos, que ja ganharam fortunas com a engabelação dos televisores de plasta, quer dizer, de plasma e de LCD, detonam saraivadas de anuncios pra fazer as mesmas pessoas que gastaram fortunas com os plasmas, iludidos que aquilo era TV digital, agora tenham que comprar a real digital, que por enquanto é irreal.

    Novas tecnologias são otimas, são avanços, mas a maneira comercial de sua implantação e disseminação demonstra que seu objetivo é faturar (mais ainda) e nao promover acessos das pessoas às maravilhas.

    Tudo isso me lembra quando lançaram os CDs, para substituir (à força) os discos de vinil, e todos foram obrigados a comprar (bem mais caro) o que ja tinham. Por uma tecnologia maravilhosa que hoje se vê que nem tanto, e agora obsoleto-superado.
    (Basta ver que as redes de TV por assinatura anunciam os preços - bem mais - caros para transmitirem o sinal digital.)

    As mega industrias sao fabricas mais de criar necessidades do que de produtos?

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