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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    segunda-feira, março 26, 2007

    Vistos na Semana

    Via IRIS:

    No sos Voy, soy Yo (Juan Taratuto, Arg., 2004)

    Tideland (Terry Gilliam, Canada, 2005)

    La Sciences des Rêves (Michel Gondry, France, 2006)

    Marie Antoinette (Sophia Coppola, EUA, 2006)

    Irag in Fragments (James Longley, EUA, 2006)

    Santiago (João Moreira Salles, BR, 2007)



    Com a programação do Salão Carioca de Humor rolando, nao tenho visto tantos filmes.

    Vi dois filmes em seguida onde personagens descambam (ou deslizam) para realidades irreais (e brilhantemente retratados, tanto por Gilliam e seus enquadramentos e luzes estouradas e por Gondry com seus bricabraques artesanais).

    Gilliam é o cineasta do Monty Python. Traz um filme inquietante, perturbador, sobre uma menina perdida num mundo perdido, léguas distante da bobajada dos Irmãos Grimm. Este sim é um conto de fadas grimesco.

    Gondry é videomaker e o diretor de "Eternal Sunshine of the Spotless Mind".
    Gael Garcia Bernal é um adorável esquizofrênico. Eu ia achando o filme bobinho (como o personagem) mas fui me angustiando (à medida que o personagem se angustia) com os lapsos entre real e imaginário, sem saber quando é o que e o que é o que. Agonia.

    Maria Antonieta não é sobre Maria Antonieta e muito menos sobre a Revolução Francesa. É sobre a cultura americana. Não procedem portanto as críticas demolidoras quanto à inexatidões históricas. É a história de uma típica adolescente. Mas também não é essa coisa toda (como Virgin Suicides e Lost in Translation foram).

    O novo documentário de Moreira Salles, sobre seu mordomo, é emocionante e interessante ao desnudar as técnicas de documentarista. O personagem é deslumbrante.

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