E DE VOLTA À REALIDADE
Chegando de Paquetá, folheando a pilha de jornais, tento tomar ciência do que anda acontecendo. O CFJ já foi desmoralizado e deve ficar por isso mesmo, saindo o governo pela tangente de que entrou de gaiato numa proposta da Fenaj, dos próprios jornalistas.
Dos jornalistas nada, basta conferir quem é a diretoria continuista que ganhou a recente eleição pra saber que estão mais pra pelegos do que pra coleguinhas.
Esse negocio de CPI já virou a maior avacalhação.
Foi um instrumento de luta e denúncia por um bom tempo.
Agora está totalmente desmoralizada. Essa do Banestado então nem vai virar pízza pois já esfarelou muito antes.
O Governo (agora o governo do PT) não pode nem reclamar do uso politiqueiro que a oposição está fazendo da CPI, num festival de denúncias e quebrando sigilos sem cerimonia
quando ele mesmo aviltou resultados escondendo e abafando-os como na recente CPI dos Bingos (e outras).
Mas a última do Governo agora em termos de se intrometer em tudo e querer regular até os detalhes da vida dos cidadãos é a exigencia de que prestações e parcelas só poderão ser pagos em cheque - nunca em dinheiro vivo - que deveria valer mais do que cheque.
Querem forçar as pessoas a usar bancos, a ter contas, a se enquadrarem em seus esquemas, a ajudarem os banqueiros a construirem seus lucros absurdos (esse sim espetáculos de crescimento)!!
Pagamentos que passam por cheques passam pela cobrança do CPMF.
Mas só para os otários de baixo, claro, os magnatas do próprio PT não propõe o exemplo - tão aí os Delúbios, os Meirelles, tudo pagando coisas com dinheiro na mão (e fora dos bancos).
Enquanto isso, no Iraque, o novo governo democrata e livre e autonomo que serve de vitrine para o novo conceito de democracia e liberdade que o Imperio Americano quer implantar no Oriente Médio na porrada
institui novamente a pena de morte
e tira do ar e expulsa do país a Rede Al Jazeera.
Mortes, desastres, nova batalha entre Vidigal x Rocinha, paginas e paginas sobre candidatos a prefeitos imperfeitos
acho que prefiro o noticiário de Paquetá
onde o mais empolgante é a briga do Padre Claro
contra o que ele considera a mercantilização da festa anual tradicional de São Roque
dizendo que o pessoal das barraquinhas tá mais interessado em vender produtos do que em homenagear o santo
e quis até proibir a venda de bebidas alcóolicas - um sacrilégio em Paquetá - para não desvirtuar mais a festa sagrada.
Os vendilhões do templo simplesmente promoveram um racha no Roque e mudaram sua festa para o próximo fim de semana.
Neste, ficou então somente a parte religiosa.
Mas bem que o Padre Claro e suas beatas montaram umas barraquinhas pra vender imagens, livretos e artigos da Igreja.
(E indulgências?)