Os acontecimentos na Estácio formam também um bom argumento contra essa idéia desajeitada do Governador Garotinho de oficializar o "bico", o segundo (e em alguns casos segundo e terceiro) emprego dos policiais.
É um raciocínio na linha de
já que não conseguimos acabar com o problema
já que não conseguimos controlar nossos policiais nem evitar que estiquem suas funções para além de uma dualidade
vamos reconhecer o que de fato existe, sem discutir se é o melhor,
ou se é ilegal,
e pronto.
Já que nao conseguimos aumentar o salário da polícia
nem fazer nada para que tenham uma vida mais digna
e trabalhem de forma melhor para defender seus cidadãos
vamos reconhecer que são contratados por nós
mas que trabalham para outros.
Vamos supor, para exemplo, que o policial Marcos Ripper, também consultor de segurança da Estácio, tivesse realmente dado os tiros no campus que acertaram em Luciana.
Ele estaria usando no trabalho de segurança do campus a arma que deveria estar usando somente no seu trabalho como policial, não é?
E mesmo que não tenha dado os tiros. Como policial, estaria investigando o crime. Como empregado da Estácio, estaria encobrindo os interesses da faculdade. O quanto um interfere no outro?
PM fazendo bico por fora?
Já dizia Jesus Cristo, nenhum homem pode servir a dois senhores.