Quando Kléber Bam Bam foi escolhido pelos telespectadores, por uma ampla margem, como o vencedor do programa eliminatório Big Brother 1, levando os 500 mil e a simpatia da massa, Ana Lúcia Pinta (co-editora deste blog) teve uma sacada premonitória:
- Agora o povo vai votar no Lula.
O que tem a ver uma coisa com a outra?
A identificação do povo consigo mesmo, ao invés de tentar se espelhar nos seus opostos, presumivelmente superiores.
A massa quer se ver na TV e parece que a massa quer se ver na presidência.
Veio o Big Brother 2 e o boiadeiro vestiu o chapelão da vitória.
Nossa revolta contra a prevalência da boçalidade, expressa nos faz-partes e outras máximas simplórias desses irmaozões premiados, não nos permitiu enxergar esse fenômeno.
Que Artur Xexeo coloca muito bem em sua coluna desta quarta-feira.
E parece também que a história do coitadinho, o batalhador que chega lá, também comove o público desta nova novela. A Globo sacou isso e está minando essa veia na dramatização repetitiva da vida do Lula levada ao ar em horário nobre.
Leia o texto de Xexéo - Bloco de sujos elege seu folião mais bonito.