PAZ SEM VOZ
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"Exatos dois anos depois do
ignominioso atentado do Hamas que deixou um rastro de 1,2 mil judeus
mortos e foi o estopim para uma vingança selvagem de Israel, elevada ao
patamar de genocídio, conforme as conclusões recentes dos especialistas a
serviço das Nações Unidas, um cessar-fogo na Faixa de Gaza foi
anunciado na noite da quarta-feira 8 pelo presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, principal fiador das negociações. Embora os termos do
acordo de longo prazo apresentado pelo republicano favoreçam, sem nenhum
pudor, o aliado Benjamin Netanyahu e continuem absolutamente vagos, as
circunstâncias dificultaram qualquer tentativa de sabotagem das partes
envolvidas. Diante do cenário de terra arrasada, da morte de quase 70
mil palestinos, segundo cálculos subestimados, e do desespero cotidiano
dos sobreviventes submetidos ao racionamento de água, comida e remédios,
confinados em um campo de concentração a céu aberto, o Hamas se viu em
um beco sem saída. Netanyahu e a ala de extrema-direita que o apoia, por
sua vez, estavam sob pressão crescente de aliados ocidentais, cada vez
mais incomodados com os crimes de guerra em curso no enclave, e dos
próprios eleitores, ansiosos pela volta dos reféns."



