Família Bolsonaro sugere alvos cariocas para bombardeio de Trump

 

 

• Presidente dos EUA aparece como rei em rede social
• Senado aprova criação de 200 cargos e STF flexibiliza o nepotismo.

 LUIS FRANCISCO CARVALHO FILHO 

 O presidente dos Estados Unidos posta em rede social vídeo criado por inteligência artificial em que aparece pilotando um avião, vestido de rei, para lançar merda (ou algo que parece ser merda) sobre manifestações populares e oposicionistas.

Trump reage ao desconforto político e moral decorrente de ameaças autoritárias e decisões injustas de seu governo com piadas grotescas.

O abuso do poder político e militar da Presidência dos EUA é exibido na sua mais completa exorbitação. Sem medo de escandalizar ou de ser punido por abusos e crimes que anuncia, Trump manda tropas para o Caribe e para o Pacífico para intimidar os presidentes da Venezuela e da Colômbia. Tráfico de drogas é o pretexto. Como um livre atirador, mata suspeitos e deixa no ar o sentimento de que faz o que quer.

Como um gângster da palavra, ataca a reputação de políticos, juízes, jornalistas, professores, estudantes, imigrantes, imprensa, universidades, cidades, estados, países e organizações civis com capacidade e disposição para alguma resistência à intentona autoritária.

 

strategista do mal, Steve Bannon advoga a necessidade do terceiro mandato para Trump. Para terminar o que começou.

Por aqui, o desconforto não é pequeno. Lula negocia com Trump para a salvaguarda de interesses nacionais e tem que se equilibrar e conviver com desatinos do mais poderoso homem do planeta.

Uma coisa não tem nada a ver com a outra, evidentemente, mas o movimento da semana é institucionalmente curioso e aflitivo. O plenário do Senado aprova a criação de mais 160 funções comissionadas e 40 cargos de técnico judiciário para o Supremo, lei que segue para sanção presidencial. O Supremo forma maioria para permitir nomeação de parentes para cargos políticos como secretários e ministros, flexibilizando o significado de nepotismo.

Emocionado com homenagens recebidas, Dias Toffoli chora e diz que "só nós, que sentamos nas nossas cadeiras, temos a dimensão dela".

A segurança pública já está na ordem do dia eleitoral e mobiliza a criatividade de publicitários e governantes, como mostram reportagens da Folha de quinta-feira (23).

Letalidade policial pode ser problema político para quem se situa no arco ideológico da esquerda e o governo da Bahia publica diretrizes para reduzir os números, 10% por semestre. Governada pelo PT desde 2007, a polícia baiana mata suspeitos demais.

O passe de mágica legislativo não enfraquece o crime organizado, mas Lula ganha discurso eleitoral se apresentar ao Congresso um projeto antifacção. Mesmo que não seja convertido em lei. O Ministério da Justiça não divulgou o texto da proposta encaminhada à Casa Civil, mas entra na ciranda da desconfiança a criação da figura esquisita do "confisco extraordinário", sem condenação criminal.

Publicado o acórdão da condenação do núcleo central da trama golpista, os Bolsonaros conspiram contra a "química" da relação Trump e Lula. "Que inveja", diz o filho senador sobre o Rio de Janeiro, sugerindo alvos cariocas (embarcações com drogas) para bombardeio norte-americano.

Trump promove demolição na Casa Branca. Sarkozy, ex-presidente da França, está em La Santé, penitenciária de segurança máxima. Collor e Bolsonaro permanecem em suas moradas.

FOLHA