Exposição no Humaitá destaca os 40 anos de Chico Caruso no GLOBO
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/i/H/tb40B4TAGqRkcyRUtgZg/exposicao-chico-caruso-40-anos-de-o-globo-pc-farias.jpg)
NELSON GOBBI
Quem já entrou na sala de Chico Caruso no terceiro andar da redação do GLOBO, no Rio, sabe que o chargista trabalha cercado de obras suas publicadas há quatro décadas no jornal, como referências de caricaturas dos nomes da vida política, esportiva e cultural brasileira neste período. A partir desta semana, o público poderá se sentir parte deste cotidiano, na exposição “Chico Caruso: 40 anos de O GLOBO”, no Pró-Saber, ONG dedicada à educação no Humaitá, Zona Sul do Rio, que reproduz o ambiente de trabalho do chargista, com 60 obras suas, entre cartuns, quadrinhos e ilustrações, em expOgrafia cada pela cenógrafa Susana Lacevitz.
Na abertura somente para convidados, hoje, haverá uma mesa-redonda com Chico, o cartunista Claudius Ceccon, o poeta e membro da ABL Geraldo Carneiro e o editor de Arte do GLOBO, Alessandro Alvim, com a mediação do jornalista Ricky Goodwin, ex-Pasquim que assina a curadoria da mostra junto do homenageado. Na mesma data, outras duas mostras correlatas também abrem no local: a coletiva “A educação fora do lugar”, com 36 obras de 30 artistas de todo o Brasil que abordam com humor o tema da educação, a exemplo de Ziraldo (1932-2024), Claudius, Mariana Massarani, Duke, El Cerdo, Jean e Spacca; e “Ao mestre com carinho”, com quatro originais de Jaguar, que morreu aos 96 anos no último dia 24 de agosto.
A exposição dedicada a Chico Caruso, que abre ao público amanhã, destaca personalidades que ganharam seus traços nos 40 anos de charges publicadas pelo GLOBO, completados no ano passado. Além de nomes do esporte e da cultura, os principais momentos da política no período são repassados por seus desenhos, com lugar de honra para a galeria de presidentes, alvos de suas canetas e pincéis, de Tancredo Neves a Lula, passando por Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique Cardoso, Dilma, Michel Temer e Bolsonaro.
— O que faz a caricatura é a evidência do caricaturado. Então, todos eles serviram bem à caricatura, todos tiveram os seus momentos importantes e espero que os tenha capturado bem. Cada um é um prato cheio, além de todos os eventos que aconteceram nesse período — comenta Chico Caruso.
— Já havíamos feito uma mostra nos 20 anos do Chico no GLOBO, com quase 400 obras. Essa foi mais desafiadora, por contar o dobro dessa história com menos trabalhos para mostrar, além da qualidade de todas essas charges. Optamos por essa abordagem relacionada à educação, por conta da área de atuação do Pró-Saber — comenta Goodwin, colega de Chico n’O Pasquim. — A reprodução de sua sala no GLOBO ajuda a aproveitarmos o espaço. Recriamos sua mesa de trabalho, a prancheta e até seu próprio casaco de couro, que vai ficar sobre a cadeira. É como se o Chico tivesse saído para tomar um café, entre uma charge e outra.
GLOBO

/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/B/C/BFeHkeQ6ShGa9FCZWMLA/exposicao-chico-caruso-40-anos-de-o-globo-esquerda-direita-esquerda-direita.jpeg)

