Reflexões sobre ídolos, do que são feitos, do que se alimentam.
"Gaiman parece ser do tipo de artista que construiu a si mesmo. Não é (exclusivamente) intuitivo, mas detém autoconsciência sobre como a coisa funciona. Talvez o ofício de jornalista tenha aprimorado sua consciência estratégica, prática. Mas ele também tinha consciência poética e estética do papel do artista (e a conferência “Faça boa arte” é bem eloquente sobre isso).
Na verdade, Gaiman era um criador muito consciente em vários níveis. Tanto é que foi capaz de criar também uma faceta progressista de sua persona, ideologicamente comprometida com as minorias, uma máscara tão convincente que enganou até amigos íntimos (como a cantora Tori Amos, que conviveu anos com o escritor sem suspeitar de suas atitudes privadas)."
leia a análise de Rafael Senra