Emicida - Paisagem
Cheira pólvora, frio de mármore
Vê que agora há quantas árvores
Condecora nossos raptores
Nos arredores tudo já pertence aos roedores
É hora que o vermelho colore o folclore
É louco como adianta pouco, mas ore
Com sorte, talvez piore
Não se iluda, pois nada muda
Então só contemple as flores e
Acende a brasa, esfregue as mãos
Desabotoa um botão da camisa
Sinta-se em casa, imagine o verão
Ignore a radiação na brisa