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    terça-feira, outubro 22, 2024

    Os jornalistas mais atacados no primeiro turno

     


     LEONARDO SAKAMOTO

    Mais de 44,2 mil ataques contra a imprensa foram realizados no primeiro turno das eleições municipais neste ano. E durante o bloqueio do X pelo Supremo Tribunal Federal, o TikTok, que reúne público mais jovem, assumiu o papel de rede social mais nociva, segundo levantamento da Coalizão em Defesa do Jornalismo (CDJor).

    Mais de 450 contas de jornalistas, meios de comunicação e candidatos às prefeituras vêm sendo monitoradas desde 15 de agosto em parceria com o Laboratório de Internet e Ciência de Dados da Universidade Federal do Espírito Santo.

    Entre 15 de agosto e 6 de outubro, dia da eleição, os profissionais de imprensa mais atacados foram Carlos Tramontina (mediador do debate do Flow), Josias de Souza (UOL), Pedro Duran (CNN Brasil), Andréia Sadi (GloboNews), Vera Magalhães (O Globo/ CBN), Diego Sarza (UOL), André Trigueiro (GloboNews), Leonardo Sakamoto (UOL), José Roberto de Toledo (UOL) e Daniela Lima (GloboNews).
    E os dez veículos de comunicação que mais receberam menções ou comentários hostis foram: GloboNews, UOL, Metrópoles, G1, CNN, O Globo, Folha de S.Paulo, TV Globo, O Estado de S.Paulo e Veja.

    Nas três primeiras semanas, o X ocupava o primeiro lugar em número de ataques (mais de 34,7 mil, confirmando o caráter tóxico para a liberdade de imprensa da rede de Elon Musk. Após o bloqueio, que durou até esta terça (8), quando a empresa voltou a cumprir as leis e decisões judiciais brasileiras, o TikTok assumiu a dianteira, com cerca de 4,4 mil ataques em 20 dias. No Instagram, foram mais de 4,8 mil ataques em sete semanas.

    Os principais perfis agressores se apresentam como conservadores de direita e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas as principais ondas de violência se formaram pela ação de eleitores do candidato Pablo Marçal (PRTB), em São Paulo. Por exemplo, contra jornalistas que questionaram o candidato em sabatinas e debates.
    O levantamento aponta que os seguidores de Marçal tentavam atrelar a atuação dos jornalistas e veículos a partidos de esquerda ou insinuar que eram comprados (“caiu o pix

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