PCC está na eleição de SP, nos onibus nas ruas, na chantagem a comerciantes
O PCC tem sido onipresente no noticiário paulista nas últimas semanas. Está nas eleições municipais, em falcatruas envolvendo contratos com empresas de ônibus, controlando a dinâmica do comércio no centro da capital e até em denúncias do fogo que ardeu no interior do estado.
Pablo Marçal está cercado de correligionários acusados de negócios com o Primeiro Comando da Capital. Por exemplo, o presidente de seu partido, o PRTB, Leonardo Avalanche, foi gravado dizendo ter vínculos com o grupo criminoso e ter sido responsável por soltar André do Rap, um de seus líderes.
Apontado como dono da empresa de ônibus Transwolff, que conta com concessões na zona sul da capital paulista, Luiz Carlos Pacheco, o Pandora, foi preso, em abril, na Operação Fim da Linha - que investiga um esquema de lavagem de dinheiro do PCC usando a viação. Foi solto em junho, mas é acusado de apropriação, extorsão e lavagem de dinheiro.
Ele é ligado ao presidente da Câmara dos Vereadores, Milton Leite (União Brasil). Promotores do grupo de combate ao crime organizado afirmaram que Leite teve “papel juridicamente relevante na execução dos crimes sob apuração” envolvendo a Transwolff. O vereador foi fiador da gestão do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Leite nega as relações, mas isso torpedeou a chance de ele ser candidato a vice.
A facção também teria fechado um acordo com membros da Guarda Civil Metropolitana para mover a cracolândia do centro de lugar a fim de forçar os lojistas a pagarem propinas. Se pagassem R$ 50 mil por mês, eles empurravam os usuários de drogas para outra área de comércio, caso contrário, os mantinham lá.
É máfia com milícia, criando o problema para vender segurança e evitando uma solução para o problema de saúde pública.
E o PCC também pode estar por trás de parte dos incêndios provocados no interior de São Paulo nos últimos dias. Seja mordendo as franjas do sistema, seja através do voto popular, São Paulo vai sendo controlada pela máfia. Seguindo a toada, quanto tempo para as principais decisões serem tomadas da Penitenciária Federal de Brasília, onde está recolhido Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola?
UOL