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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    segunda-feira, agosto 05, 2024

    O VENEZUELANO FAZ EM SEU PAÍS O QUE BOLSONARO DESEJAVA FAZER

     

    p o r  A L D O F O R N A Z I E R I
     

    As eleições venezuelanas

     são uma farsa do come-
    ço ao fim e caminham
    para uma tragédia, com
    vários mortos e feridos e
    centenas de presos. O re-
    gime cívico-militar po-
    licial, definição do pró-
    prio Nicolás Maduro a respeito de seu
    governo, primeiro perseguiu, prendeu
    e impediu opositores de concorrer. De-
    pois, aceitou como candidato um ex-di-
    plomata desconhecido, que nunca ha-
    via sido candidato a nada. Por fim, o
    Conselho Eleitoral Nacional, domina-
    do por maduristas, proclamou a vitória
    do autocrata com 80% de votos apura-
    dos, apesar de a diferença entre Maduro
    e Edmundo González poder ser rever-
    tida nesses 20% restantes. Não apare-
    ceram atas e boletins de apuração. Ca-
    so apareçam vários dias depois da apu-
    ração, estarão sob suspeita de fraude.

     
    Maduro faz o que Jair Bolsonaro
    queria fazer no Brasil. Lá, ele domina
    o Parlamento, a Suprema Corte e a Co-
    missão Eleitoral Nacional. Aqui, Bol-
    sonaro comprou o Parlamento com o
    orçamento secreto e investiu contra o
    Supremo Tribunal Federal e o Tribu-
    nal Superior Eleitoral. Queria dominá-
    -los, com prisões e substituições de juí-
    zes. As ditaduras contemporâneas ca-
    racterizam-se pelo controle das Cortes
    Supremas, do Legislativo e dos proces-
    sos eleitorais. Maduro, Nayib Bukele,
    Daniel Ortega e Bolsonaro são todos
    da mesma estirpe, adotam os mesmos
    métodos e professam os mesmos valo-
    res. Valores e métodos empregados pe-
    los extremistas de direita.

     
    Ortega traiu o sentido revolucioná-
    rio do sandinismo. Perseguiu e expur-
    gou seus ex-companheiros para insti-
    tuir uma ditadura corrupta e persecu-
    tória. Maduro traiu o sentido revolucio-
    nário que existia na origem do chavismo.
    Substituiu o chavismo por um maduris-
    mo corrupto, persecutório, antidemo-
    crático, sustentado por uma oligarquia
    civil-militar-policial que se apossa das
    rendas geradas pelo petróleo, empobre-
    ce o povo e gera fome e miséria.

     
    Um dos primeiros a denunciar a trai-
    ção de Maduro foi o historiador e ex-
    -guerrilheiro Toby Valderrama, a quem
    Hugo Chávez chamava de “velho cama-
    rada”. Valderrama e seus companheiros
    acusaram o novo grupo de poder pós-
    -Chávez de ter reconstituído “o pacto
    com a burguesia” e reconstruído o capita-
    lismo das elites. Eles acusaram Maduro
    de falsificar o “Plano Pátria” original de
    Chávez. Todos os que advogaram os prin-
    cípios originários do chavismo foram ex-
    purgados e perseguidos por Maduro.
    Gustavo Márquez, ex-ministro do
    Comércio Exterior e ex-embaixador,
    denunciou várias vezes a falta de le-
    gitimidade de Maduro. Afirmou que
    Maduro e Juan Guaidó eram duas faces
    da mesma moeda. Maduro e os generais
    promoveram, segundo ele, a partilha do
    bolo do petróleo entre empresas norte-
    -americanas, a China e a Rússia. Mos-
    trou que esse regime oligárquico apro-
    funda o rentismo petroleiro e torna
    “mais barato importar do que produ-
    zir” ao estabelecer controles que des-
    truíram a economia do país.

     
    Os chavistas dissidentes afirmam
    que a proposta original de Chávez era
    humanista e que Maduro a destruiu,
    consolidando um sistema corrupto ge-
    rador de “miséria, fome, repressão, exí-
    lio e tragédia”. De acordo com Héctor
    Navarro, titular de quatro ministérios
    no governo Chávez e amigo do ex-pre-
    sidente, Maduro entregou o país nas
    mãos de interesses estrangeiros. Ou se-
    ja, o nacionalismo do atual presidente é
    falso e mofado. Navarro foi destituído
    do cargo quando Maduro assumiu. Ao
    denunciar a corrupção, foi expulso do
    partido. Com Maduro, afirmou, “a revo-
    lução fracassou” e levou junto a esquer-
    da latino-americana. Advertência em
    boa medida verdadeira e não só comple-
    ta por causa da lucidez de Pepe Mujica,
    de Gustavo Petro e de Gabriel Boric,

    carta capital

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