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    segunda-feira, abril 08, 2024

    O silvo do Ziraldo

     de Franco de Rosa

     Ziraldo é o meu grande farol para desenhar. Desde que resolvi enveredar para o desenho de humor gráfico, ao fazer fanzines aos 15 anso de idade, a arte do Ziraldo era o meu farol. Elegi seus trabalhos como o modelo a seguir. Ziraldo estava no auge em O Pasquim. Então eu tinha muito o que copiar.
    Como profissional, tive a felicidade de encontra-lo em muitas ocasiões onde ele sempre foi uma estrela de grande luz, transmitindo muita energia. E, alguns momentos foram bastante memoráveis, como ao estar com ele e Frankfurt, na Feira Internacional do Livro, na década de 80, na festa de seu aniversário de no Bar Brama, junto de dezenas de colegas cartunistas e sendo abraçado por ele no palco do HQ Mix, em 2012.
     
    No entanto, tenho um causo sensacional ocorrido em 1989, na data do aniversário da Gibiteca de Curitiba, então deslocada para o histórico Solar do Barão. Ziraldo foi até Curitiba prestigiar o evento e ao seu colega de quadrinhos Claudio Seto, um dos homenageados. 
     
    Na ocasião quando eu fui cumprimentar o mestre surgiu junto de nós um sujeito, com um gravadorzinho na mão e muitos adesivos colados em sua blusa de lá. Pois, como sempre, estava muito frio em Curitiba.
    O cara se identificou como um colecionador de assobios, e ele estava lá no solar recolhendo os assobios das pessoas. Ele apenas pedia para a pessoa se identificar, dizendo o nome, e assobiar qualquer coisa.
    Ziraldo, no entanto, e não podia ser diferente, disse que gostaria que o rapaz registrasse o que ele ia mostrar. Dizendo algo mais ou menos assim: “Rapaz, quero dizer que o assobio é uma coisa muito importante para mim e para minha família. Vou te provar isso.” – e Ziraldo puxou o entrevistador pelo braço, e os dois se encostaram no parapeito, que existe no mezanino do Solar do Barão. Então Ziraldo se debruçou no parapeito, puxando a mão do entrevistador, que segurava o pequeno gravador, em seguida emitiu um forte assobio, construindo uma melodia bem peculiar. E, poucos segundos depois, ouviu-se um assobio idênticovindo da parte de baixo do local. Era Vilma, sua primeira esposa respondendo. Então Ziraldo prosseguiu: “O assobio é muito importante em minha casa. A gente se comunica com diferentes assobios. Para indicar que chegamos, para perguntar quem está em casa. Dizer que está saindo. Cada um tem seu assobio e tem vários códigos, todos em assobios. Pra você ver, o assobio é muito importante para mim. E não só pra comunicar, mas também para alegrar...” E o mestre assobiou solenemente uma melodia da década de 1940 que lhe era de boa memória. Ao concluir, foi aplaudido, acompanhado de muitos risos.
     
    Onde andará o colecionador de assobios e seus registros hoje, hein?
     

     

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