A fome como arma
"Antes da guerra, tínhamos boa saúde e corpos fortes”, disse recentemente uma mãe à agência humanitária britânica Oxfam. “Agora, quando olho para meus filhos e para mim, perdemos muito peso. Tentamos comer tudo o que encontramos, plantas ou ervas comestíveis, apenas para sobreviver.”
Outra mãe de seis filhos repetiu esse
relato à Organização Mundial da Saúde e
explicou que nos mercados as plantas sil-
vestres estão principalmente disponíveis
a altos preços, “sem legumes, frutas, su-
co... sem lentilhas, sem arroz, batatas ou
berinjelas, nada”, levando muitos a sobre
viver à base de malva, uma erva daninha
comum. Numa Gaza arruinada e sitiada,
constantemente sob a ameaça de bombas,
artilharia e drones, a vida é definida por
um refrão repetido por muitos: “Ainda es-
tou vivo. Continuo a respirar”."
LEIA REPORTAGEM DE PETER BEAUMONT & KAAMI MAHLI