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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, novembro 25, 2023

    Morrer pela pátria e viver sem razão

     

    "Domingos Neto não faz rodeios em seu
    raciocínio: “Escrevi este livro para os que
    acham possível apaziguar o quartel com
    atendimento às demandas corporativas.
    Lula acreditou nisso e foi preso. Voltou ao
    governo contingenciado pelo fuzil. Dilma
    também acreditou e perdeu o cargo”.
    Para o pesquisador, o problema essen-
    cial é aquilo que ele chama de transtor-

     
    no de personalidade funcional do militar.
    Toda a pregação dos comandos superio-
    res exalta a defesa da soberania e de um
    difuso conceito de pátria. Contudo, des-
    de a Independência, os soldados são ma-
    joritariamente treinados para outra ati-
    vidade, o combate ao “inimigo interno”.
    Isso teria se concretizado na manu-
    tenção do sistema colonial-escravista,
    na repressão a movimentos separatis-
    tas no Império e a qualquer tipo de re-
    belião popular na República. Na Guerra
    Fria, a partir de 1945, a missão foi em-
    balada pelas teorias de contrainsurgên-
    cia e no combate à chamada subversão.

     
    Sob tal contexto, escreve o autor, o sol-
    dado se percebe como “político, policial,
    empresário, assistente social, adminis-
    trador público, construtor de estradas,
    perfurador de poços no Semiárido, guar-
    da florestal, vigia de fronteira, entendido
    em Segurança Pública, controlador dos
    tráfegos aéreo, costeiro e fluvial, supre-
    mo avaliador da moralidade e planeja-
    dor do destino nacional”. Incapazes de
    desempenhar sua função essencial, a de-
    fesa contra a agressão externa, as Forças
    arrogaram-se o papel de interventoras
    frequentes na vida política."

     

    LEIA RESENHA DE GILBERTO MARINGONI

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