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    quinta-feira, novembro 23, 2023

    Milei foi comparado a Bolsonaro, mas se parece com Collor

     

     O presidente eleito da Argentina, Javier Milei

    Vinicius Torres Freire

    Javier Milei disse a uma rádio que não vai ser chantageado por sindicatos ou movimentos sociais em geral. Mais específico, disse que não vai ser "chantageado pelos violentos" nas ruas —para estes, "a lei", para o que conta com o apoio das forças de segurança.

    Seria uma obviedade sem significado maior se não fosse a situação do país, o plano de "ajuste" que virá e a longa e ainda forte tradição argentina de movimentos sociais na rua.

    De mais recente sobre o futuro do governo, está se vendo que Milei nomeou e pretende nomear gente sua para os poucos (oito, parece) ministérios que restarão. Já o fez para três cargos ministeriais e para a chefia de gabinete, entre outros cargos de primeiro nível (para alguns dos quais nomeou gente sem experiência alguma). O pessoal do aliado e ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) ficaria no apoio técnico, como "subs". Para o Banco Central vai Emilio Ocampo, guru da dolarização de Milei.

    Gente da "Libertad Avanza", coalizão vitoriosa, vaza para os jornalistas argentinos que não haverá governo de coalizão, embora o grupo de Milei conte com apenas 38 dos 257 deputados da Câmara. Mesmo com o pessoal de Macri e da direita normal, não faz maioria.

    O presidente eleito da Argentina tem dito também que o ajuste não será pago pelo povo comum. Seria pago pela casta de privilegiados da política.

    É uma velha ficção demagógica, que cola também no Brasil —se não fossem os privilégios dos "políticos", o excesso de ministérios e tolices tristes assim, haveria dinheiro para tudo. É espantoso, mas é uma opinião comum de tanta gente que jamais deu uma olhada nem em resumos jornalísticos do que é o orçamento do governo, tanto faz se argentino ou brasileiro.

    Milei disse também que os primeiros seis meses de seu governo serão "duros", uma espécie de obviedade otimista, se por mais não fosse porque já afirmou que pretende controlar a inflação no prazo de um ano e meio a dois anos. Prevê-se outro ano de recessão em 2024.

    Seja lá qual for o seu plano, haverá sofrimento social grande, mais ou menos inevitável a depender da inteligência e viabilidade política do que vá fazer.

    Mas é inevitável que a conta seja paga por trabalhadores, pois a inflação ainda vai longe; por quem recebe subsídios em tarifas de serviços públicos (como energia); por quem vai sofrer os impactos mais agudos da grande desvalorização do peso que virá, que vai bater diretamente no preço da comida (carne inclusive) e combustíveis.

    Será paga por quem não tem dólares ou ativos reais em que teria podido preservar o dinheiro da inflação.

    Tendo conseguido quase 56% dos votos, parece que Milei teria alguma base social para seguir seus planos, sem governo de coalizão e fazendo desde já ameaças aos movimentos sociais e aos peronistas mais esquentados. De início, pode ser. No entanto, 46% dos eleitores de Milei de segundo turno nele não votaram na primeira rodada da eleição presidencial. Votaram contra o desastre peronista.

    Não se sabe quem será o ministro da Economia, motivo daqueles chutes e especulações pré-governo que conhecemos tão bem. Mas talvez se possa especular quanto vai durar esse incógnito ministro da Economia em um país que passará por um ajuste duro (ou caos sem ajuste) e por quanto tempo Milei poderá governar "sem coalizão". Pouco.

    Ao menos em público e mesmo em análises de jornalistas e de consultorias econômicas argentinas, não há sinal de algum acordo político maior de Milei, que tampouco largou o núcleo do seu programa, ao menos da boca para fora.

    Por enquanto, Milei vai à luta tal como é. Suscitou comparações com Jair Bolsonaro. Corre o risco de ser uma variante de Fernando Collor.

    FOLHA 

     

     

     

     

     

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