Zé Celso, o diretor que forjou o teatro mais brasileiro
"Na madrugada de segunda para terça-feira, o dramaturgo e diretor teatral Fernando de Carvalho se despediu do parceiro José Celso Martinez Corrêa e encerrou mais uma jornada de trabalho. Desde fevereiro, eles se encontravam quase todos os dias pela internet para avançar em um trabalho considerado pelo fundador e diretor do Teatro Oficina o mais difícil da sua vida: a adaptação de A Queda do Céu, o livro de tom profético do xamã yanomami Davi Kopenawa, escrito em parceria com o etnólogo francês Bruce Albert e lançado no Brasil pela Companhia das Letras. Os encontros aconteciam de segunda a sábado, entre as 20 horas e a meia-noite. Foi ali que Zé disse adeus a Carvalho, se queixando de frio. E estava mesmo frio em São Paulo: o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) previa para aquela madrugada a menor temperatura do ano, com mínima de 8°C em média na cidade, e sensação térmica de 6°C. Por isso, antes de se deitar na cama, Zé Celso ligou o aquecedor."
leia o texto de Maria Carolina Maia