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    domingo, abril 16, 2023

    CEM ANOS EM CEM DIAS

     


    Arnaldo Branco 
     
    Semana passada a imprensa publicou sua tradicional análise dos cem primeiros dias do governo eleito, o que sempre me pareceu um recorte de tempo esquisito pra fazer esse tipo de coisa, como tentar avaliar um jogo de futebol pelos primeiríssimos minutos de bola rolando. Ainda mais se as substituições fossem todas feitas nesses minutos e não ao longo de toda a partida, como costuma acontecer — se não ficou claro tô falando da posse dos ministros, sou ansioso na hora de explicar minhas analogias.
     
    Quem imaginou que depois de cair no golpe do ministério técnico do governo Bolsonaro nossa imprensa ia ser um pouco mais moderada na hora de apostar contra o Lula não conhece sua capacidade brutal de produzir antipetismo até nas condições mais adversas. Uma galera que analisou os três primeiros meses do ex-presidente com a placidez de quem estava fazendo a resenha de um vinho razoável agora parece o Datena berrando por mais ação das autoridades para acabar com a desordem e o caos social. É meio como se alguém com a mesma falta de critério do Fábio Jr. pra escolher noiva de repente exibisse níveis de exigência dignos de um príncipe herdeiro.
     
    A Dora Kramer, por exemplo, escreveu que os primeiros dias do novo governo foram marcados por confusões, desacertos e retrocesso, coisas que também marcaram os três primeiros meses do governo anterior, além dos quarenta e cinco seguintes. Mas nessa época ela estava mais preocupada com o fato do Bolsonaro não reagir quando o Olavo de Carvalho, que ainda não havia nos dado o prazer do seu falecimento, xingava membros do seu ministério.
     
    Aí quando você vai ler o artigo percebe que tudo que ela chama de confusão, desacerto e retrocesso são exatamente os motivos pelos quais a maioria da população cravou treze no ano passado. E que tudo que a colunista gostaria que o Lula fizesse seria continuar fazendo exatamente as mesmas coisas que o Bolsonaro, embora fingindo que não curte (mais) o ex-presidente. 
     
    Nisso ela se iguala aos bolsonaristas remanescentes: toda vez que um deles posta ironicamente a frase “faz o L” vou lá conferir qual foi o direito que eu ganhei.
     
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