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    terça-feira, novembro 01, 2022

    O bolsonarismo é um descendente direto da máquina de terror montada pelos militares

     

    de ORLANDO CALHIROS @AnarcoFino
    Um ponto crucial sobre o bolsonarismo é que ele é um descendente direto da máquina de terror montada pelos militares para reprimir a população brasileira durante a Ditadura Militar. Uma máquina que sobreviveu no desenho constitucional pós-88. Explico:
    Para começar, aqui, a sigla FFAA, não significa Forças Armadas, significa Forças Armadas e Forças Auxiliares, inclusive, existe toda uma polêmica envolvendo a sigla entre as Forças Armadas pois eles não consideram "digno" estarem no mesmo patamar das Forças Auxiliares.
    As Forças Armadas são Exército, Marinha e Aeronáutica. Por sua vez, as Forças Auxiliares, como descrito no artigo 144, § 6º, são as Polícias Militares, Polícias Civís, Polícia Federal, corpos de bombeiro militares e Polícia Ferroviária Federal.
    Vamos lá, o bolsonarismo raiz é um movimento das Forças Auxiliares! Só ver, como na sua origem, ele tem uma relação intrínseca com a polícia militar fluminense, bombeiros e "derivados". A "defesa" dessas categorias era, talvez, a pauta capilar original do clã Bolsonaro.
    Pegue, por exemplo, essa postagem de Flávio Bolsonaro comentando a execução da juíza Patrícia Acioli nas mãos de PMs do Batalhão de São Gonçalo.
    Enfim, é a partir dessas categorias que o clã bolsonaro vai se entranhando na política nacional, vai ganhando espaço, se ampliando. Defendiam não apenas os seus supostos direitos, mas também a sua doutrina, como a liberdade para agir acima da lei.
    E aqui começa o ponto crucial: a origem da doutrina das Forças Auxiliares. E para isso é necessário falar sobre como a constituição de 88 não desarmou a máquina de guerra montada pela ditadura militar, mantendo as forças auxiliares no seu papel de braço terrorista da ditadura.
    Explico: durante a Ditadura Militar, as forças auxiliares foram transformadas para servirem de braço tático da Doutrina da Guerra Revolucionária que orientava a política de segurança nacional do regime ditatorial.
    Essa doutrina, criada pelos franceses para reprimir os movimentos insurgentes na Argélia, transformava a população em "inimigos" do próprio governo. Por isso mesmo, um contingente populacional que deveria ser controlado por meio do terror e da repressão.
    Por isso a tortura se torna um instrumento fundamental desses regimes: ela não tinha como alvo apenas a obtenção de informações capazes de ajudar os agentes do estado na luta contra células insurgentes, ela também tinha como objetivo instituir o terror na população.
    Mas ela não é apenas o único instrumento, com ela vem também a constituição de uma política de extermínio. A PM, por exemplo, que tinha na sua origem a defesa patrimonial, somente, se torna rapidamente o principal executor de operações de "busca e destruição".
    A polícia civil dá origem a inúmeros grupos de extermínio (quem escuta o Cálice sabe bem do que estou falando). Tudo isso sob o comando dos órgãos de inteligência das Forças Armadas. Por isso a Ditadura Militar é um movimento das FFAA.
    E o que acontece na derrocada da Ditadura Militar, quando as Forças Armadas perdem a proeminência na política? As forças auxiliares passam a agir de forma independente, se alinham com o crime (jogo do bicho, tráfico, etc...) e passam a acumular poder, dominando territórios.
    É essa equação que vai nos dar as milícias cariocas nos anos 90! Mas e o Bolsonarismo? Bem, ele surge alinhado com esse movimento nos anos 90, justamente! Braço institucional, político, desse borralho da ditadura militar.
    Ele defendia, na sua origem, a "liberdade" dessa máquina terrorista, o direito dos grupos de extermínio, das milícias. Não é a toa que falava abertamente de legalizá-las!
    O que estamos vendo agora é "apenas" mais um sintoma dessa relação conspícua do bolsonarismo com a máquina de terror criada pela ditadura militar. Não é de se estranhar que ele apele para ela para garantir alguma sobrevida. Tudo indica que não vai conseguir.

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