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    sábado, outubro 01, 2022

    - Desumanidade derrota Bolsonaro

     



    Vinicius Torres Freire 


    Não, não saberemos de uma possível derrota precoce de Jair Bolsonaro (PL) até domingo. É difícil que as pesquisas de véspera, de sábado, indiquem maioria mais folgada de Lula da Silva (PT) no primeiro turno, pois o eleitorado indeciso é residual. Marolinhas de abstenção podem mudar o jogo.

    O resultado mais importante do Datafolha é que a votação de Lula e de Bolsonaro não mudou durante a campanha eleitoral oficial, desde meados de agosto. A votação dos dois, tanto no primeiro quanto em um possível segundo turno, também é a mesma.

    Os estelionatos eleitorais, benefícios sociais extras, a querela da gasolina, a propaganda, nada disso teve efeito. A taxa de indecisos foi histórica e precocemente baixa, em uma eleição plebiscitária, em uma campanha ainda mais vazia de ideias do que de costume. O truque da candidatura contra o "sistema" deixou de colar, assim como a demagogia farisaica com a corrupção.

    Em suma, até agora, pelo menos, esta eleição tratou de alguma outra coisa, de um sentimento que pouco mudou desde que o povo passou a prestar atenção aos candidatos.

    Nas preliminares da campanha, a partir de maio, Bolsonaro até que avançou em quase todas categorias de eleitor. Ganhou pontos especialmente entre evangélicos, eleitores mais jovens (até 34 anos), com ensino superior e na região Sul. Lula vencia Bolsonaro por 48% a 27% em maio, por 47% a 32% em agosto e agora tem 48% contra 34%.

    No balanço geral, como bem se sabe, Bolsonaro perde por causa dos mais pobres e das mulheres. Entre as mulheres, majoritárias no eleitorado, Lula tem 50%, Bolsonaro 29%. Entre o eleitor de renda familiar menor do que dois salários mínimos, perde de 57% a 26%. É bem provável que esteja perdendo por causa de sua desumanidade repulsiva.

    O cataclismo de miséria de 2021 foi marcante. Foi um ano de grande aumento da pobreza, de falta de emprego, de comida, pestes que grassaram ainda mais no vazio deixado pelo fim do auxílio emergencial. Em algumas classes, a renda regrediu em mais de uma década.

    É fato que Bolsonaro jamais foi majoritariamente popular; a desaprovação de seu governo quase sempre foi maior que a aprovação. Mas o descaso atroz pelo sofrimento de doentes e famintos, agravado pela sua vadiagem exibicionista e maus bofes, juntou ofensa à desgraça social.

    Desde abril, como se escrevia nestas colunas, pesquisas qualitativas indicavam a aversão aos modos violentos de Bolsonaro, em particular entre mulheres, pobres e não brancos; ao fato de não ligar para preço de comida e falta de remédios, de se divertir com motos e jet-skis, de ser "mal-educado" e "não dar esperança".

    Mesmo nesta eleição com cara de referendo da monstruosidade, mesmo com a estabilidade impressionante das declarações de voto, ainda é arriscado cravar que nada possa mudar. Desde 2013, o país vive em convulsão política, um termo que pode incluir de deposição de presidente a facadas, passando por revoltas nas ruas. O vale-tudo e a cafajestagem se disseminaram; o golpismo tornou-se parte da paisagem política como o eram os comícios de antigamente.

    Ainda assim, repita-se, a votação de Lula e Bolsonaro em um segundo turno não muda desde agosto: Lula tem 58% ou 59%, Bolsonaro 42% ou 41%.

    Mais quatro semanas de campanha, para uma segunda rodada de votação, podem dar oportunidade para golpes ainda mais baixos. A estabilidade da votação pode ser um incentivo, pois, à selvageria ainda mais extrema. Mas a decisão da maioria do eleitorado parece estável.

     

    FOLHA 

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