Debate

 

1. Era pra ter dado uma bordoada certeira, deixando desacordada a campanha do concorrente mente que mente. 

 

Bolsonaro chegou ao debate nas cordas, sentindo as duas cagadas promovidas na semana (Aparecida e "pintou clima"). Pisadas nesses calos calariam fundo. 

 

Lula foi primoroso no primeiro bloco, deixando Bolso sem folego, catando ar e palavras. L com presença de palco, falando pras cameras, oscilando entre o íntimo com o público e o severo com o adversário, sorrindo e batendo. 

 

Mas, mais uma vez, foi cansando... No final o abjeto diminuto, com seu andar desengonçado e postura puida, conseguiu abrir presença no palco. 

 

Lula trocava palavras, ficou indo la ´pro fundo buscar água, se enrolou com o tema da cprrupção e gastou indevidamente o tempo. 

 

Com uns tres minutos de explicação sobre mensalão e petrolão já tava bom pra mudar de assunto - ou partir pro ataque: "Quer falar sobre corrupção? Então vamos lá", enfileirando as falcatruas do falso fariseu. 

 

Lula tocou em pontos bons (lembrar da pandemia é essencial) mas deixou de pressionar a vantagem que lhe abriu essa semana naqueles dois pontos que estão afetando os indices bolsonaristas. 

 

Talvez não quisesse se imiscuir na podridão do caso com as venezuelas, mas as agressões em Aparecida foram bem claras, indiscutiveis, e poderiam diferenciar quem é o verdadeiro religioso na disputa.

 

E tambem não deu sequencia à grande vantagem e pressão auferida no primeiro bloco. O intermezzo do segundo bloco ajudou a esfriar a coisa: jornalistas fazerem a mesma pergunta para os dois (sem que um ou outro pudesse retucar as repostas) apenas reforçou a falsa equivalencia que certos setores da imprensa (e da elite) advogam.

 

2. Como é lento o raciocínio do Jair! 

 

Você sente as sinapses pegando no tranco durante os longos segundo de silencio e hesitação... 

 

Não conseguiu desenvolver nada no improviso, discorria com seus papéis nos textos pré-preparados e ensaiados (e moro-briefados). Surgindo alguma coisa nova ou inesperada, não sabia como lidar.

Ganhou de presente um soliloquio de cinco minutos e não disse coisa com coisa, perfilou uma parada de suas acusações malucas gastas que se dissipavam sem substancias, em bafejadas alcançando os acólitos conspiratórios convertidos, quando precisava pregar para os indecisos. 

 

E como mente o demente!

Cara de pau, esse rei da ignorancia.