Nem tudo é o que parece ser na linguagem difundida pelos EUA -
""O segundo risco advém do fortalecimento das forças políticas e militares de extrema-direita da Ucrânia, algumas delas neonazis. Dois anos atrás, 40% das forças militares do país (um total de 102 mil integrantes, segundo a agência de notícias Reuters) eram milícias paramilitares de extrema-direita, armadas, financiadas e treinadas por EUA, Inglaterra, Canadá, França e Suíça, com integrantes de 19 nacionalidades. Desde que a guerra começou, mais elementos se juntaram ao grupo, alguns vindo do Oriente Médio, e mais armas receberam de todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte. A Europa está assim em risco de ter no seu seio um nazijihadismo nutrido, e nada nos garante que o seu raio de ação se limite à Polônia. Em 1998, o antigo conselheiro de Segurança do presidente Jimmy Carter, Zbigniew Brzezinski, afirmava em entrevista ao Nouvel Observateur: “Em 1979, aumentamos a probabilidade de a União Soviética invadir o Afeganistão… e criar a oportunidade de lhes dar o seu Vietnã”. Não me surpreenderia se este playbook da CIA não estivesse agora a ser aplicado na Ucrânia. As consequências para a democracia serão fatais. •"
leia artigo de Bonaventura de Sousa Santos
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