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    domingo, abril 24, 2022

    ANGELI , CRIADOR DE RÊ BORDOSA E BOB CUSPE PAROU.

     

    de Ediel Ribeiro

    É comum que as pessoas se surpreendam ao descobrir que 'Os 3 Mosqueteiros' eram, de fato, quatro: Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan.
    ‘Los 3 Amigos’ também eram quatro: Angeli, Laerte, Glauco e Adão Iturrusgarai.
    Mas o grupo começou, originalmente, como um trio. ‘Los 3 Amigos’ eram Angeli Laerte e Glauco.
    Até que um dia em um boteco em São Paulo, Adão Iturrusgarai ouviu: “Ei, Adão, tá a fim de desenhar com a gente?” O convite, feito pelo Laerte, numa tarde de 1990, mudou a composição do grupo, que passou a ser um ‘trio de quatro’.
    O trio que se reunia semanalmente para produzir a série 'Los 3 Amigos', ganhou novo integrante naquela ocasião, mas só engrenaria como quarteto três anos depois, com a volta de Iturrusgarai de uma temporada em Paris.
    Sempre fui fã do quarteto, mas, para mim, Angeli é o melhor.
    Talvez por ser quadrinista, admire mais o Angeli. Os quatro são geniais, mas, nos quadrinhos, Angeli é imbatível. Ele influenciou não só a minha maneira de trabalhar, mas o meu estilo.
    Arnaldo Angeli Filho, mais conhecido como Angeli, é cartunista e chargista. Nasceu em São Paulo, no dia 31 de agosto de 1956. Começou a desenhar ainda criança. Aos 14 anos, publicou seu primeiro desenho na revista 'Senhor'.
    Ainda na adolescência, conheceu o periódico carioca ‘O Pasquim’ e se apaixonou pelos cartuns de Millôr Fernandes, Jaguar e Ziraldo. Autodidata, ele confessa que começou copiando o trabalho desses desenhistas.
    Com o tempo, seu trabalho ganhou influência dos cartuns underground do cartunista norte-americano Robert Crumb e dos franceses Wolinski e Jean Marc Reiser.
    Em 1973, começou a carreira como chargista no jornal ‘Folha de S. Paulo’. A partir desse período colabora também com os jornais alternativos ‘Movimento’, ‘Versus’, ‘O Pasquim’ e com o ‘Diário de Notícias’, de Lisboa.
    A partir de 1983, sua produção se afasta do tom politizado de suas charges e reencontra as influências do underground das décadas de 1960 e 1970. Angeli, então, abandona a charge para se dedicar às histórias em quadrinhos.
    Ainda na ‘Folha’, deixa o caderno de política e passa para a 'Ilustrada', caderno de cultura, em que publica tiras de seus personagens que retratam tipos urbanos, com narrativas de situações tipicamente paulistanas, da boêmia e da vida cotidiana, com destaque para Rê Bordosa, Bob Cuspe e os velhos hippies Wood & Stok, ao lado de quadrinistas estrangeiros.
    Ainda na década de 80, publica, pela editora Circo, a revista 'Chiclete com Banana'. Surgem aí novos personagens como Walter Ego, Rigapov, Rhalah Rikota, Mara Tara, Moçamba, Bibelô, Meiaoito e Nanico, Ritchi Pareide, Aderbal e Os Skrotinhos, entre outros.
    Com Laerte e Glauco cria a série 'Los 3 Amigos'. Em 1995, publica ‘FHC: Biografia Não Autorizada’, pela Editora Ensaio, coletânea de charges produzidas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para a TV, Angeli produz esquetes e roteiros, atuando junto às equipes dos programas 'TV Colosso' e 'Sai de Baixo', ambos da Rede Globo.
    Com base em seu trabalho, o diretor Otto Guerra lança, em 2006, o longa-metragem de animação 'Wood & Stock - Sexo, Orégano e Rock'n Roll'.
    Em 2008, é um dos homenageados no 1º Festival Internacional de Humor do Rio de Janeiro, que apresenta 'Angeli/Genial', uma mostra retrospectiva da produção do cartunista.
    Também nesse ano, é lançado o curta-metragem de animação 'Dossiê Rê Bordosa', dirigido por César Cabral e baseado na personagem criada por Angeli. Seus desenhos estão incluídos na 'Enciclopédia del Humor Latino Americano', da Colômbia, na 'Antologia de Humor Brasileiro' e no Museu do Cartum e Caricatura de Basiléia, Suíça.
    Nesta semana, um diagnóstico de afasia, levou o cartunista a anunciar a aposentadoria precoce, aos 65 anos com 50 anos de carreira.
    Esse distúrbio neurológico pode ser causado por vários motivos: um AVC, tumores ou infecção e afeta uma parte do cérebro. A afasia compromete a comunicação do paciente, traz dificuldades para falar, se expressar, e compreender o que é dito.
    Carolina Guaycuru, mulher de Angeli, disse em entrevista que o cartunista, apesar da aposentadoria, tem um vasto material inédito ainda a ser publicado. "Ele produziu muito nos últimos tempos. Parte desse trabalho deve sair em breve para comemorar os cinquenta anos de carreira. Um livro em dois volumes com mais de mil imagens" - disse.
    Embora longe das páginas dos jornais, Angeli não vai parar de desenhar. Segundo Guaycuru, ele seguirá desenhando enquanto conseguir . "Desenhar é a forma de expressão dele. Isso não se perde. E se ele perder, buscará outras formas de expressão. A arte resiste!”, diz ela.
    A carreira de Angeli na imprensa se encerra, mas a do artista continua, para alegria dos fãs.
    Força, Angeli!

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