Quatro anos depois do crime, quem mandou matar Marielle e Anderson?
Outra batalha: Arthur, de 5 anos, e Agatha Arnaus, filho e viúva de Anderson: "Hoje meu foco é um só: a recuperação de meu filho" Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
"A compra de uma nova versão do programa do equipamento israelense Cellebrite, que extrai e recupera dados deletados de celulares, é um dos caminhos para elucidar o caso. O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, que também chefia a força-tarefa do Caso Marielle e Anderson, Bruno Gangoni, ressaltou que o avanço da investigação depende dessa reanálise de provas, uma vez que, no primeiro ano do caso, houve muita pressão para se resolver o duplo homicídio. Não à toa, em março de 2019, foram presos o sargento reformado da PM Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio de Queiroz, acusados de serem os executores. Para Gangoni, com mais promotores debruçados sobre o caso, atualmente são oito, além de mais analistas, aumentaram as chances de encontrar alguma nova pista:
— Estamos dedicados, escutando áudios e vendo imagens. Tem muito material que ainda não foi analisado. Recebemos imagens novas da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), a que nunca tivemos acesso antes. A prova é praticamente digital nesse homicídio, e as empresas de tecnologia vão se aperfeiçoando. Por isso, vamos passar os telefones do Lessa no novo programa do Cellebrite, para extrair dados que não conseguimos antes — explicou o promotor."
LEIA REPORTAGEM DE VERA ARAUJO