HQs nacionais vão além de Turma da Mônica e vivem melhor momento em anos
"Contrariando as previsões pessimistas, surgiram novas lojas e editoras. Além da Monstra, a editora Brasa acaba de entrar no mercado, por exemplo. Veteranos que tinham se afastado do setor estão voltando aos poucos. A temática dos gibis tem se afiado também, tratando cada vez mais de assuntos como política, racismo, transfobia e pobreza.
O bom momento dos gibis não depende só de um público consolidado. Outro ponto importante é o avanço tecnológico. A geração de Kitagawa e Lobo trabalhava, no início dos anos 2000, num mundo pautado por processos industriais complexos e grandes tiragens.
A linha de montagem foi simplificada pela internet e por novas ferramentas. Um quadrinista consegue hoje, sozinho, "ter a ideia, desenhar e levar para a gráfica", diz Lobo. Novos equipamentos permitem, também, tiragens menores –e, portanto, de investimento menor. Artistas decidem produzir projetos mais arriscados, em que a venda em massa não é a única prioridade. Com isso, exploram novos temas."
mais na reportagem de Diogo Bercito
Trecho de "RISCA FACA", de André Kitagawa