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    quinta-feira, fevereiro 17, 2022

    Moscou revelou que Bolsonaro faz seus eleitores de trouxas, diariamente

     

    JAMIL CHADE

    Isolado e com a necessidade de mostrar a sua base que ainda tem aliados, Jair Bolsonaro abriu mão de alguns de seus slogans preferidos, de algumas de suas estratégias mais repetidas e de algumas de suas crenças para conseguir uma foto ao lado de um líder internacional, Vladimir Putin.  

    Ao chegar à capital russa, o presidente usou uma máscara, um item que ele já chegou a arrancar do rosto de crianças no Brasil. Um item de proteção que ele afirma ser "proibido" em seu entorno. Um instrumento que poderia ter salvo milhares de vidas, inclusive de sua base mais radical.  

    Bolsonaro também foi obrigado a passar por uma bateria de testes anticovid, aqueles mesmos que ele desprezou e ignorou ao montar a suposta estratégia brasileira para lidar com a pandemia.

    A liberdade do não vacinado Bolsonaro - tanto pregada pela extrema-direita fanática - parece que encontrou um limite em Moscou. Suas saídas foram limitadas e os russos exigiram que ele permanecesse dentro de uma "bolha", criada justamente para não oferecer riscos para a população.  

    Não precisou nem dos herdeiros da KGB para saber que, quando passaram por Nova York, os membros da delegação brasileira deixaram um rastro de casos positivos. 

     Era um presidente irreconhecível e distante daquele que chamou governadores de ditadores, ao adotarem medidas de distanciamento social por conta da pandemia. Agora, quando esteve ao lado de um autocrata de verdade, chamou de "meu amigo". 

     Se no auge da crise entre Brasília e Nicolas Maduro o Itamaraty era ciente de que o regime venezuelano apenas se sustentava graças ao apoio de Putin, Bolsonaro parece que usou de uma memória seletiva ao conversar com o russo. O tema sequer entrou no comunicado final emitido pelos dois governos. Em seu lugar, uma perspectiva de uma aproximação militar entre os países.  

    Em Moscou, Bolsonaro cumpriu o que lhe foi estipulado. Não havia outra opção, se ele quisesse a foto de mãos dadas com Vladimir Putin, além de dar sinalizações aos grupos bolsonaristas mais radicais e ao agronegócio. 

     Contrariando tudo o que disse desde o começo de seu governo sobre sua aliança com os EUA, Bolsonaro insinuou com uma palavra cuidadosamente colocada que pode se afastar de um esforço americano no cenário internacional.  

    As contradições não demoraram para aparecer, com o ex-ministro Ernesto Araújo denunciando a aproximação do Brasil ao projeto sino-russo. Justamente aquele chanceler que apostou em Bolsonaro para "salvar" o Ocidente, sob as orientações de Donald Trump.  

    Ironia da história, Bolsonaro ainda prestou homenagem a um soldado soviético que lutou na Segunda Guerra Mundial. Um soldado de um governo comunista, aquela ideologia que ele quer proibir e aniquilar.  

    Ao final de uma viagem que mais revelou a falta de estratégia da diplomacia brasileira, fica uma pergunta evidente. Afinal, qual é o Bolsonaro real? O que viajou para Moscou e seguiu como um soldadinho todos os protocolos estabelecidos, ou aquele do cercadinho? 

     Ou nenhum deles?


    UOL


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