Com coquetéis-molotovs, civis resistem à invasão russa em Kiev
"À primeira vista, parecia uma dessas enfadonhas reuniões de condomínio. Numa sala grande, com cadeiras acolchoadas, homens de meia idade, alguns jovens de rostos púberes e comportadas senhoras conversavam de forma tranquila, quase jovial. Ao fundo, um grupo comia arroz, batatas cozidas e o que parecia ser um ensopado de carne. A cena pedestre que lembrava mais uma dessas tardes modorrentas de sábado só era rompida por pequenos grupos armados com AKs 47 cruzando o salão em direção ao subsolo desse edifício residencial no centro de Kiev.
Uma porta de aço dava acesso a uma longa escada de concreto mal iluminada por lâmpadas incandescentes. Após um primeiro lance de escadas, um grupo de homens já de cabelos brancos conversava animadamente ao lado de uma pilha de fuzis e caixas de munição. Enquanto falavam, iam carregando os pentes com balas de calibre 7.62 para abastecer os rifles que seriam levados em algumas horas para as posições de defesa na periferia de Kiev ."
leia reportagam de Yan Boechat