Senadores livram pastor Silas Malafaia de indiciamento por fake news
BERNARDOMELLOFRANCO
O presidente Jair Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro não foram os únicos a escapar de acusações no relatório final na CPI da Covid.
Na reunião desta terça, os senadores do G7 resolveram retirar Silas Malafaia da lista de pedidos de indiciamento.
No relatório original, o senador Renan Calheiros citava o pastor bolsonarista entre os personagens que propagaram fake news contra as medidas sanitárias.
O texto relacionava 24 pessoas que, "de forma mal intencionada e visando interesses próprios e escusos, provocaram grande confusão na população, levando as pessoas a adotarem comportamentos inadequados para o combate à pandemia de Covid-19".
Renan propôs que Malafaia fosse indiciado pelo artigo 286 do Código Penal, que pune a incitação ao crime.
O presidente da CPI, Omar Aziz, liderou um movimento para livrar o pastor do relatório final. Pesou o medo de represálias do eleitorado evangélico em 2022.
Malafaia foi um dos porta-vozes mais estridentes do negacionismo na pandemia. O Twitter chegou a remover publicações em que ele atacava as medidas de distanciamento social, questionava a eficácia das vacinas e dizia que a Organização Mundial da Saúde (OMS) seria comandada por comunistas.
GLOBO