O que o terror em Araçatuba ensina sobre Jair Bolsonaro

"Araçatuba é o tipo de guerra civil que Jair Bolsonaro vem preparando para o Brasil. Ele não quer o confronto de dois exércitos, um de esquerda e outro de direita. Quer a desestruturação social completa da sociedade para justificar a aplicação da Defesa da Lei e da Ordem nos Estados, sob controle do Governo Federal, sem interferência dos governadores. A concordância dos governadores estava prevista num decreto de Dilma Roussef. Com uma canetada, pode ser retirada por ele.
A milícia que invadiu Araçatuba e espalhou o terror na cidade está armada até os dentes por conta de decisões de Bolsonaro, e atende, como outras, a suas recomendações explícitas para que os radicais brasileiros do crime, organizado ou não, se armem livremente com arsenais moderníssimos de acesso facilitado a qualquer um pelo estímulo tributário do governo ao contrabando. A invasão não deveria ser uma surpresa. Já houve outras. Estão na agenda do presidente da República.
O confronto entre dois exércitos seria muito complicado. Os generais brasileiros não estão muito interessados. Para haver dois exércitos, seria necessária uma divisão explícita entre eles entre esquerda e direita. Poderiam perder o controle da situação. É melhor deixar o trabalho sujo nas mãos de milícias, traficantes, assaltantes de bancos, gente especializada em espalhar a insegurança social e a intranquilidade pública com bombas acionadas pelo deslocamento de pessoas."
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