Intervenção militar para defender democracia não é golpe, diz ex-comandante da Rota

"O sr. está falando do Supremo? Por parte de qualquer órgão, em especial o Supremo. Não vou colocar nomes aqui. Mas a gente vê medidas que inconformam a população. Vamos seguir o que diz a Constituição. Se realmente houver quebra da paridade dos Poderes, da independência, certamente vamos ter que tomar uma medida para voltar à condição democrática original. O que a gente mais preza é a democracia.
Essa medida seria uma intervenção das Forças Armadas? A gente pode chegar nesse limite. É um limite extremo que ninguém quer, mas ele é possível.
Isso não seria golpe? Não é golpe. Golpe é ter meia dúzia de generais e depor o presidente, independente de condições anteriores. Agora, você intervir em uma condição em que determinado órgão, a exemplo do STF, toma medidas não refletindo o senso de justiça para a maioria da população brasileira, não acho que é golpe. Se você vai apanhar de alguém, você se defende. E é o papel das Forças Armadas, defender o país"
leia entrevista feita por FABIO ZANINI