A VERDADE A GALOPE
"Seria o conselho paralelo capitanea-
do pelo bilionário curitibano Carlos Wi-
zard? É a desconfiança de Calheiros e
Vieira. Em 2 de julho de 2020, Wizard
despontou na TV Brasil, do governo, ao
lado da imunologista Nise Yamaguchi,
grande cloroquinista. Ali, disse que ha-
via passado cerca “de um mês em Brasí-
lia, juntamente com o (então) ministro
Pazuello, atuando como conselheiro do
Ministério da Saúde” e que tivera então
“a oportunidade de conhecer autoridades
médicas” que “participam desse conse-
lho científico independente”. Disse ainda
que “nós criamos esse conselho científico
independente para conscientizar a popu-
lação, a comunidade médica, os gestores
públicos que a Covid-19 tem tratamento
sim, quando atendido logo”. Em suma, um
bando de cloroquinistas. À CPI, Pazuello
admitiu ter se reunido com o grupo uma
vez, só uma, a pedido de Wizard.
“Ser negacionista ou idiota não é crime,
mas tomar decisões administrativas com
base em negacionismo e idiotia é crime de
responsabilidade, no mínimo”, diz Viei-
ra, proponente da convocação de Wizard.
Bolsonarista da gema, o bilionário orga-
nizou, ao lado do colega Luciano Hang, a
tentativa de arrancar, em Brasília, a per-
missão para empresários comprarem va-
cinas por conta própria e as aplicarem nos
funcionários. A causa teve aval presiden-
cial, foi aprovada pelos deputados, mas
não no Senado – por enquanto. Teria Wi-
zard financiado o “Ministério da Morte”?
É o que Vieira quer averiguar, ao propor
a quebra dos sigilos bancário, fiscal e co-
municacional do bilionário desde março
de 2020, início da pandemia.
Maçom, Wizard é amigo de Pazuello."