Mundoe Telas sem Intevalos
"”. Podemos falar que, de um modo ou de outro, com maior ou menor intensidade, experimentamos uma clara precarização da vida. Precarizamos o trabalho, o ócio, a educação, o lazer, a política, a vida social — analisa Fernanda.
Essa casa multifuncional e “on-line” desordenou nossas noções de tempo e espaço, avalia o sociólogo Sadi Dal Rosso, da Universidade de Brasília (UnB), autor do livro “O ardil da flexibilidade: os trabalhadores e a teoria do valor”.
— Acabou com os horários fixos e repetitivos, que também permitiam a existência de tempos que estavam sob controle estrito de trabalhadores. Quem está no meio de um jogo do Flamengo e do Grêmio não quer ser convocado para resolver um problema apresentado pela internet. Quem estava no estádio, no restaurante, no bar, no boteco tinha controle sobre seu tempo. Terá daqui para a frente? Se não tiver, as empresas poderão enfrentar revoltas — diz."
leia a reportagem de Ricardo Calazans
Não fique tão culpado por passar tanto tempo on-line na quarentena » Fundação Schmidt