PASQUIM HÁ 50 ANOS
Numa de suas habituais porralouquices, Tarso desapareceu e não mandou o seu artigo, que iria abrir a edição do Pasquim. Chegou a hora de mandar o jornal pra gráfica e nada. Aquelas duas páginas em branco.
Jaguar não tinha reserva para por no lugar e teve que se virar. Manteve as páginas como sendo do Tarso, colocou algumas imagens de mulheres e preencheu o resto do espaço com a palavrá BLÁ repetida inumeras vezes.
Ficou um imenso BLÁ BLÁ BLÁ.
(A coitada da Nelma teve que datilografar toda a segunda parte do texto - a primeira parte foi letrasetada - manualmente - pelo Haroldo Zager)
Ao final, Jaguar arrematou com o seguinte parágrafo
"Estas são algumas das mulheres sobre as quais Tarso prometeu escrever, dizendo que jacó.
Provavelmente, deve estar jácom mais uma, pois não entregou o texto."
E aí. como aconteceu com várias bossas do Pasquim, improvisadas, o artigo foi saudado como algo revolucionário, de vanguarda, duca!
E o Tarso ainda levou a fama por ter bolado algo tão genial para a sua coluna.