O dilema da doação
Wesley Teixeira abre crise no PSOL por dinheiro de Arminio - CartaCapital
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"“Não dá para ser anticapitalista e receber grana de banqueiro.” A crítica, e variações ao infinito, inunda as redes sociais do candidato, que se considera vítima de um “linchamento virtual”. Quadros importantes e uma corrente específica do PSOL da qual Teixeira fazia parte, a Insurgência, alegam que receber dinheiro de integrantes da banca não condiz com o estatuto do partido – o texto especifica que “não serão aceitas contribuições e doações financeiras provindas, direta ou indiretamente, de empresas multinacionais, de empreiteiras e de bancos ou instituições financeiras nacionais”.
O racha resultou em acusações de racismo institucional feitas por Douglas Belchior, do PSOL de São Paulo, alimentou a hipótese de que Teixeira sofre alguma sanção interna, e ganhou destaque nacional com a ameaça do deputado Marcelo Freixo de deixar a legenda caso o candidato venha a ser punido. Na esteira, reacendeu o debate sobre a desunião do campo progressista.
“Os ataques mostram que nem sempre sabemos quem são nossos inimigos, e quem me ataca não sabe qual é a prioridade neste momento”, rebate Teixeira. Lidar com as consequências, confessa, atrapalha a campanha. “Sou obrigado a gastar meu tempo para explicar a situação, mas é algo que tenho de fazer.”
mais na reportagem de Victor Calcagno