Antigos subordinados confirmam a jornalista papel de Ustra como chefe do centro de tortura e morte do DOI: ''Mourão pode ler e ouvir os relatos''

"Outro subordinado de Ustra, o tenente Chico disse: “A ordem era matar. Foi preso, fez curso em Cuba ou na China ou na Argélia… um abraço”. Ele contou como foi a última noite de vida do guerrilheiro Antonio Benetazzo, que fez curso em Cuba. “A gente sabia que ele ia ser levado para ‘viajar’. Aí tocou para mim ficar tomando conta dele, olhando pra cara dele. E aí rapaz eu percebi que eu estava passando a noite com um condenado à morte”.
Benetazzo foi executado no dia seguinte por quatro agentes do DOI/II. Mataram-no a pedradas, pois queriam simular um atropelamento.
Chico trabalhou bem próximo do Interrogatório. “Você já ouviu falar do inferno? O diabo não passa por perto do pau-de-arara. Com certeza ele respeita e tem medo. Naquela época, tinha um livro muito falado do Solejnitsin, O Arquipélago Gulag. Arrumei o livro emprestado e fui lá no capítulo das torturas. Fui lá e vi que não era nada, que aquilo era um paraíso"
Leia artigo de Marcelo Godoy
Antigos subordinados confirmam a jornalista papel de Ustra como chefe do centro de tortura e morte do DOI: ''Mourão pode ler e ouvir os relatos'' - Viomundo