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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    quarta-feira, setembro 23, 2020

    ‘Não é possível continuar assistindo inerte a um governo genocida’





    "Sigo com as palavras do professor Edson Cardoso quando diz que o movimento social negro é o segmento mais vitorioso da sociedade brasileira. Descendemos de um o povo violentamente escravizado por 400 anos e depois, pelos últimos 132, alvo da perversa estratégia de extermínio e genocídio por parte das elites brancas racistas e do estado. Como foi possível?
    Ora, não interessa saber como essa gente de pele preta, com os acessos ao seu desenvolvimento econômico e seus direitos humanos mais básicos negados, conseguiu sobreviver? Que força é essa? Quais estratégias de sobrevivência à ausência de emprego, renda, alimentação, saúde pública, moradia, saneamento básico, escola e tanto mais, foram empreendidas para que esse povo não desaparecesse? Não causa curiosidade saber como enfrentamos a permanente violência do estado, a brutalidade policial, o super encarceramento e a cultura racista presentes no cotidiano da vida brasileira? Como assim, não somos organizados? Como assim, não temos estratégias? Esta afirmação só é possível sob a lente do racismo.
    As histórias de Brasil e Estados Unidos são diferentes e a dinâmica do racismo, perverso e estruturante nos dois casos, se desenvolveu também de maneira diferente. A simples comparação é um exercício desonesto. Ainda assim, podemos dizer que o movimento negro e as pessoas negras vão para as ruas o tempo todo lutar por direitos e denunciar as mortes, a truculência e letalidade policial no Brasil. Não faltam ocasiões e episódios em que as comunidades reagem à violência policial, ocupam as ruas, fecham as avenidas, colocam fogo em automóveis.
    Qual é o povo que ocupa, com coragem, prédios, terrenos e latifúndios no campo e na cidade, e ésão violentamente despejados e reprimidos? Qual é o povo abandonado às ruas, só em São Paulo oficialmente quase 30 mil, e que é violentado pelas guardas municipais e pela polícia? Qual o povo reprimido por sua cultura ou religião? E os inúmeros protestos em autodefesa, nas ruas e instituições, emblematicamente ignorados pelo conjunto da sociedade? O que ocorre aqui é que a reação do estado se dá em uma proporção muito diferente. Aqui temos um George Floyd e um Jacob Blake a cada 23 minutos. A diferença não está na resistência negra, mas na violência branca."
    Mais na entrevista de
    Douglas Belchior
    conduzida por pedro borges

    Entrevista: ‘Não é possível continuar assistindo inerte a um governo genocida’, diz Douglas Belchior

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